- O que é fasciíte plantar?
É a causa comum de dor sob o calcâneo conseqüente a pequenos traumas repetitivos e alterações degenerativas na origem da fáscia plantar, levando à inflamação local. A fáscia é uma banda fibrosa e firme que sustenta e mantém o arco plantar de pé.
2.Quando suspeitar de fasciíte plantar?
Dor embaixo do calcâneo, piora pela manhã ao iniciar a marcha, melhora após os primeiros passos. Além disto, pode estar associado com inchaço local.
3.Quais os fatores de risco para a fasciíte plantar?
Excesso de peso, ocupacional (ficar em pé por longo período), pés planos, esporão de calcâneo, corrida excessiva, encurtamento do tendão de Aquiles.
4.Como prevenir a fasciíte plantar?
– Alongar os músculos da panturrilha antes e após a corrida.
– Utilizar um calçado adequado para o seu tipo de pé e/ou utilização de palmilhas feitas sob medida.
5. Como tratar a fasciíte plantar?
Temos os seguintes tipos de tratamento:
a) Tratamento não farmacológico:
– Repouso: evitar atividades que agravam a dor
– Uso de calçado adequado e de palmilhar: evitar andar descalço em superfícies rígidas, evitar calçados planos, de preferência usar tênis novo com bom sistema de amortecimento no calcanhar, considerar o uso de palmilhas à Avaliar o tipo de pé (pé plano = palmilha com apoio para o arco plantar longitudinal medial; hiperpronação = palmilha com cunha medial).
b) Fisioterapia:
– Aquecimento da fáscia plantar antes dos primeiros passos do dia com massagem de fricção horizontal
– Alongamento da fáscia plantar = Flexão dorsal dos dedos do pé, rolamento do pé sobre uma bola de tênis
– Corrigir fatores de risco funcionais à avaliar alterações anatômicas: (encurtamento Alongamento do gastrocnêmio e do solear = exercício de inclinação para a parede, alongamento sobre degraus (cuidado em pacientes idosos); fraqueza da musculatura intrínseca do pé = exercícios com toalha.
c) Órteses:
– Talas noturnas; tornozeleiras para uso diurno.
d) Tratamento farmacológico:
– Antiinflamatórios não-esteroidais (usar precocemente apenas como sintomático para alívio da dor); infiltração com corticosteróides (evitar ao máximo devido à possibilidade de complicações como ruptura da fáscia; resposta apenas a curto prazo.
e) Tratamento cirúrgico:
– Fasciotomia plantar parcial (considerar apenas após falha do tratamento conservador por 12 meses; 70-90% de taxa de sucesso; recuperação após semanas a meses).
Fonte: http://www.reumatousp.med.br